MANEJO CONSERVADOR DE PRÉ-ECLÂMPSIA COM CARACTERÍSTICAS SEVERAS: RESULTADOS MATERNOS E PERINATAIS E AVALIAÇÃO DE CAUSAS PARA PARTO PRÉ-TERMO

Bruno Petrocchi Vieira de Menezes, Lucas Pinheiro Costa, Larissa Volpini Barreto, Henrique Vítor Leite

Resumo


Introdução: Desordens hipertensivas na gestação, como a pré-eclampsia (PE), são uma importante causa de morbidade e mortalidade materna e perinatal. Na maioria dos casos de PE com características graves, o parto imediato é necessário e, frequentemente, ocorre antes das 34 semanas da gravidez, levando ao risco de complicações perinatais ligadas à prematuridade. A gestão conservadora nessas condições permite mais tempo para o desenvolvimento e crescimento fetal, enquanto a estabilidade materna deve ser constantemente avaliada, para prevenir complicações. Sinais de instabilidade materna ou falência de órgãos deve-se indicar o parto imediato. Objetivo: avaliar os resultados maternos e perinatais e as razões para o parto em pacientes com diagnóstico de PE, que necessitaram de parto antes de 34 semanas de gestação. Metodologia: Estudo retrospectivo com todos os pacientes com o diagnóstico de PE que necessitaram de parto antes de 34 semanas de gestação, com as razões para tal procedimento categorizadas. Resultados:  72 pacientes corresponderam aos critérios durante o período entre 01/2016 e 12/2018. A razão mais comum para o parto prematuro foi a impossibilidade de controlar a pressão arterial mesmo com o uso de anti-hipertensivos combinados (+2), responsável pelo parto prematuro de 24 pacientes (33,3%). A plaquetopenia correspondeu a 16 casos (22,2%), seguida de outros fatores (15 casos; 20,8%). Conclusão: O tratamento conservador da pré-eclâmpsia precoce com características graves ainda é um desafio. Vários casos desenvolverão condições clínicas que não permitirão tempo suficiente para a administração de corticoides e desenvolvimento fetal adequado.

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Referências


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MOL, B. W. J. et al. Pre-eclampsia. The Lancet, v. 387, p. 999-1011, 2016.


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