FORÇA E FLEXIBILIDADE DE BAILARINAS E MULHERES IRREGULARMENTE ATIVAS
Resumo
Força e flexibilidade são necessárias para o rendimento e saúde. Assim, objetivou-se comparar os níveis de flexibilidade, resistência de força de membros superiores (RFMS) e abdominal (RFA) entre bailarinas e mulheres irregularmente ativas e averiguar se são adequados aos padrões da literatura. 21 voluntárias: Balé (n = 7), Jazz (n = 7), Irregularmente Ativas (n = 7) realizaram testes de flexibilidade (sentar e alcançar), de RFMS (flexão de braços) e RFA (flexão completa de tronco). Os dados foram analisados por estatística inferencial (SigmaPlot 11.0; p<0,05). O grupo Balé apresentou média de flexibilidade: 39,9±6,6 cm; RFA: 24,9±6 flexões/min e RFMS: 10,6±4,9 flexões. O grupo Jazz alcançou flexibilidade: 39,1±4,2; RFA: 23,0±4,6 e RFMS: 6,1±3,2. E o grupo Irregularmente Ativas demonstrou flexibilidade: 28,3 ±5,5; RFA: 16 ±4,9 e RFMS: 2,6 ± 2. As médias de flexibilidade foram semelhantes entre os grupos Balé e Jazz (p>0,05) e ambas maiores que Irregularmente Ativas (p < 0,05). RFA e RFMS foram ambas maiores apenas no grupo Balé comparadas às Irreg. Ativas (p < 0,05), contudo, os níveis de força foram baixos na maioria das voluntárias dos três grupos. Conclui-se que as aulas de balé e jazz contribuem para manutenção de bons níveis de flexibilidade, mas não para os de resistência de força.
Palavras-chave: Dança. Aptidão física. Força. Flexibilidade. Saúde
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