FORÇA E FLEXIBILIDADE DE BAILARINAS E MULHERES IRREGULARMENTE ATIVAS

Iula Lamounier Lucca, Liliane Corrêa Campos Oliveira, Rayra Cardoso Amorim, Allisson Roberto Isidorio, Heloisa Thomaz Rabelo

Resumo


Força e flexibilidade são necessárias para o rendimento e saúde. Assim, objetivou-se comparar os níveis de flexibilidade, resistência de força de membros superiores (RFMS) e abdominal (RFA) entre bailarinas e mulheres irregularmente ativas e averiguar se são adequados aos padrões da literatura. 21 voluntárias: Balé (n = 7), Jazz (n = 7), Irregularmente Ativas (n = 7) realizaram testes de flexibilidade (sentar e alcançar), de RFMS (flexão de braços) e RFA (flexão completa de tronco). Os dados foram analisados por estatística inferencial (SigmaPlot 11.0; p<0,05). O grupo Balé apresentou média de flexibilidade: 39,9±6,6 cm; RFA: 24,9±6 flexões/min e RFMS: 10,6±4,9 flexões. O grupo Jazz alcançou flexibilidade: 39,1±4,2; RFA: 23,0±4,6 e RFMS: 6,1±3,2. E o grupo Irregularmente Ativas demonstrou flexibilidade: 28,3 ±5,5; RFA: 16 ±4,9 e RFMS: 2,6 ± 2. As médias de flexibilidade foram semelhantes entre os grupos Balé e Jazz (p>0,05) e ambas maiores que Irregularmente Ativas (p < 0,05). RFA e RFMS foram ambas maiores apenas no grupo Balé comparadas às Irreg. Ativas (p < 0,05), contudo, os níveis de força foram baixos na maioria das voluntárias dos três grupos. Conclui-se que as aulas de balé e jazz contribuem para manutenção de bons níveis de flexibilidade, mas não para os de resistência de força.

 

Palavras-chave: Dança. Aptidão física. Força. Flexibilidade. Saúde


Palavras-chave


Dança; Aptidão física; Atividade física; Saúde

Texto completo:

PDF

Referências


ALMEIDA, R. S. V. et al. Treinamento de força e desempenho do sistema neuromuscular em idosos.

e-Scientia. v. 7, n. 1, p. 16-26. 2014.

AMBEGAONKAR, J. P. et al. Upper-body muscular endurance in female university-level modern dancers: a pilot study. Journal of Dance Medicine & Science, v. 16, n. 1, 2012.

ANSALONI, A. S. et al. Programa de treinamento para bailarinas profissionais de dança contemporânea - Grupo Êxtase de dança - Viçosa - MG. Coleção Pesquisa em Educação Física, v. 7, n. 3, 2008.

BADARÓ, A. F. V.; SILVA, A. H. D.; BECHE, D. Flexibilidade versus alogamento: Esclarencendo as diferenças. Saúde, v. 33, n. 1, p: 32-36, 2007.

BROWN, A. G. et al. Effects of plyometric training versus traditional weight training on strength, power, and aesthetic jumping ability in female collegiate dancers. Journal of Dance Medicine, v. 11, n. 2, 2007.

CELAFISCS. IPAQ (curto), 2005. Disponivel em: . Acesso: 08 Jan 2018.

CHARRO, M. et al. Manual de avaliação física. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2010.

FARO, A. J. Pequena história da dança. 6. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.

GARBER, C. E. et al. Quantity and Quality of Exercise for Developing and Maintaining Cardiorespiratory, Musculoskeletal, and Neuromotor Fitness in Apparently Healthy Adults: Guidance for Prescribing Exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 43, n 7, p: 1334-1359, 2011.

GONÇALVES, R.; GURJÃO, A. L. D; GOBBI, S. Efeitos de oito semanas do treinamento de força na flexibilidade de idosos. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. v, 9, n, 2 p. 145-153, 2007.

GONZAGA, J. M. et al. Efeitos de diferentes tipos de exercício nos parâmetros do andar de idosas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 17, n. 3, p. 166-170, 2011.

GRAHAME, R. Time to take hypermobility seriously (in 4 adults and children). British Society for Rheumatology, v. 40, n. 5, p. 485-491, 2001.

GREGO, L. G. et al. Agravos músculo-esqueléticos em bailarinas clássicas, não clássicas e praticantes de educação física. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 13, n. 3, p. 61-69, 2006.

GREGO, L. G. et al. Aptidão Física e saúde de praticantes de dança e escolares. Salusvita, V. 25, n. 2, P. 81-96, 2006.

HASS, A. N.; GARCIA, A. C.; BERTOLETTI, J. Imagem Corporal e Bailarinas Profissionais. Clínica Médica do Exercício e do Esporte, v. 13, n. 2, p. 182-185, 2010.

HEIBERGER, L. et al. Impact of a weekly dance class on the functional mobility and on the quality of life of individuals with Parkinson's disease. Frontiers in Aging Neuroscience, v. 3, n. 14, 2011.

HIGA, L. et al. Nível de estresse entre sedentários entre sedentários e praticantes de atividades físicas de diferentes modalidades. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 22, n. 4, p. 22-26, 2014.

IADMS. Dance fitness. International Association for Dance Medicine and Science, 2011. Disponível em: . Acesso 20 Jan 2018

KATTENSTROTH, J.-C. et al. Six months of dance interventio enhances postural, sensorimotor and cognitive performance in elderly without affecting cardio-respirtory functions. Frontiers in Aging Neuroscience, v. 5, n.5, 2013.

KOUTEDAKIS, Y. K.; JAMURTAS, A. The dancer as a performing athlete physiological considerations. Sports Medicine, v. 34, n. 10, p. 651-661, 2004.

MANGERI, F. et al. A standard ballroom and latin dance program toimprove fitness and adherence to physical activity in individuals with type 2 diatetes and in obesity. Diabetology & Metabolic Syndrome, 6(74), 2014.

MEDEIROS, J. F. D. Níveis de flexibilidade de mulheres jovens. EFDeportes.com - Revista Digital, v. 15, n. 150, Nov 2010.

ORTEGA, F. B. et al. Physical fitness in childhood and adolescence: a powerful marker of health. International Journal of Obesity, v. 32, n. 1, p. 1-11, 2008.

PRATI, S. R.; PRATI, A. R. Níveis de aptidão física e análise de tendências posturais em bailarinas clássicas. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 8, n. 1, p. 81-87, 2006.

QUEIROGA, M. Teste e medidas para avaliação da aptidão física relacionada a saúde em adultos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

RABELO, H. T. et al. Effects of 24 weeks of progressive resistance training on knee extensors peak torque and fat free mass in older women. Journal of Strength and Condictioning Research, v. 25, n. 8, p. 2298-2303, 2011.

RODRIGUES, Y. C. F. et al. Fatigue and symptoms of eating disorders in professional dancers. Revista Brasileira de Cineatropometria e Desempenho Humano, v. 19, n. 1, p. 96-107, 2017.

RUSSEL, J. A. Preventing dance injuries: current perspectives. Open Acces Journal of Sorts Medicine, v. 4, p. 199-210, 2013.

SEBASTIÃO, É. et al. Efeitos da prática regular de dança na capacidade funcional de mulheres acima de 50 anos. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v. 19, n. 2, p. 205-214, 2008.

SILVA, A. H. D.; BONORINO, K. C. IMC e flexibilidade de bailarinas de danca contemporanea e ballet classico. Fitness & Performance Journal, v. 7, n. 1, p. 48-51, 2008.

SIMAS, J. P. N.; GUIMARÃES, A. C. D. A. Ballet clássico e transtornos alimentares. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v. 13, n. 2, 2002. 119-126.

STORM, J. M. et al. The relationship between range of motion and injuries in adolescente dancers and sportspersons: a systematic review. Front. Psychol., 2018 https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00287

VALE, R. G. S.; NOVAES, J. S.; DANTAS, E. H. M. Efeitos do treinamento de força e de flexibilidade sobre a autonomia de mulheres senescentes. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 13, n. 2, p. 33-40, 2005.

VACCARO, M.G. et al. Characterization of the effects of a six-month dancing as approach for successful aging. Int J endocrinol, 2019 https://doi.org/10.1155/2019/2018391

VENTURINI, G. D. O. et al. Os efeitos do Ballet Clássicoe da dança educativa sobre a flexibilidadede meninas com 6 a 10 anos. Brazilian Journal of Biomotricity, v, 4, n. 1, p. 82-90, 2010.

WANG, E. M. et al. Muscular imbalances and balance capability in dance. J.Occup.Med.Toxicol. v. 13, n. 36, 2018 https://doi.org/10.1186/s12995-018-0218-5

WERNER, J. D. A. T.; TOMAZZONI, A. A relação mitologia-dança no contexto grego e sua influência no balé. Revista Querubim, v. 5, n. 9, 2009.

YAMAMOTO, K. Human flexibility and arterial stiffness. Journal of Physical Fitness and Sports Medicine, v. 6, n. 1, p. 1-5, 2017.

ZUCCOLOTTO, A. P. et al. Efeito do treinamento de força com resistência elástica sobre o desempenho da fl exão de quadril em bailarinas clássicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 4, p. 893-901, 2016.


A abreviatura do periódico é e-Sci, o qual deve ser utilizado em bibliografias, notas de rodapé e para referências. ISSN: 1984-7688, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Licença Creative Commons
Todo o conteúdo da e-Scientia, exceto quando identificado, está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada.