FATORES ASSOCIADOS À TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV NOS ÚLTIMOS 10 ANOS NO BRASIL
Resumo
Os casos de transmissão vertical do HIV têm diminuído, principalmente após a implementação dos protocolos de manejo das mães soropositivas. No entanto, existem fatores que contribuem para que as taxas da infecção persistam, evidenciando a complexidade do problema e a necessidade de vigilância contínua sobre as estratégias de prevenção. O objetivo do estudo é analisar os fatores associados à transmissão vertical do HIV nos últimos 10 anos no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa realizada por acesso online nas bases de dados SciELO e PubMed, com os descritores “transmissão vertical de doenças infecciosas”, “HIV” e “Brasil”, com retorno de 259 artigos. Foram utilizados 44 artigos, após aplicação dos critérios de inclusão: artigos que relatavam exclusivamente experiências e estudos brasileiros, e com análise de fatores associados à transmissão vertical do HIV. Além disso, foram analisados documentos do Ministério da Saúde do Brasil relacionados ao tema. Os principais fatores associados à transmissão vertical do vírus foram fragilidade no cuidado prestado à gestante e ao recém-nascido, problemas de adesão à terapia antirretroviral pela gestante, pré-natal inadequado e diagnóstico tardio da infecção. É imprescindível a adoção de medidas que abordem a importância do atendimento humanizado, do pré-natal de qualidade, maior cobertura de assistência às gestantes em situação de vulnerabilidade social e incentivo ao diagnóstico precoce. As estratégias atuais de redução da transmissão vertical são efetivas, mas a acessibilidade a estas estratégias deve ser ampliada, por meio de melhoria das condições socioeconômicas, acesso à informação sobre prevenção, qualificação contínua dos profissionais de saúde e disponibilidade de testagem e medicação.
Palavras-chave: Transmissão vertical; HIV; Fatores associados.
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